O milho (Zea mays L.), cereal mais cultivado no mundo, tem importância fundamental na alimentação animal. Para atingir altas produtividades, os solos cultivados devem estar com a acidez corrigida, bem como os macro e micronutrientes exigidos pela cultura devem estar disponíveis em quantidades adequadas.

Para entender como funciona a curva de resposta de diferentes doses de adubação nitrogenada e recomendar a utilização de adubação fosfatada (em superfície ou não) para o latossolo em questão, foram realizadas duas formas de aplicação de fósforo (a lanço e em semeadura) com quatro doses de nitrogênio (0, 60, 120 e 180 kg/ha) para cada uma.

O delineamento experimental foi de blocos casualizados, levando, portanto, em consideração os três princípios básicos da experimentação: repetição, casualização e controle local.

Experimento

O experimento para entender o melhor manejo da adubação nitrogenada e fosfatada na cultura do milho foi realizado no município de Uberlândia (MG). O solo utilizado foi latossolo vermelho-amarelo, considerado muito argiloso, o que influencia diretamente sua drenagem. Possui alto teor de fósforo e, segundo Ribeiro (1999), nível de matéria orgânica que disponibiliza aproximadamente 70 kg de nitrogênio por hectare, conforme análise de solo (Tabela 1).

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DICA AGROESTE: é necessário que o agricultor tenha em mente que, para o manejo da adubação, devem ser considerados vários fatores, tais como tipo, textura, teor nutricional e drenagem do solo, entre outros. Portanto, é de suma importância que se faça um acompanhamento periódico de sua fertilidade e que se priorize a manutenção e/ou aumento desta em detrimento de uma ocasional melhoria operacional.

Usamos o híbrido AS1656PRO2 no experimento. Foram realizados oito tratamentos (Tabela 2), sendo duas formas de aplicação de fósforo (a lanço e em linha) na dosagem de 290 kg/ha MAP (fosfato monoamônico) com quatro doses de nitrogênio cada, na forma de ureia protegida (45,8% N) (0, 60, 120 e 180 kg de N), com quatro repetições cada um, totalizando, portanto, 32 parcelas. As parcelas foram compostas por quatro linhas de 6 metros de comprimento. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados (Tabela 3).

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tabela-3-a

Resultado

Para o talhão utilizado nesse estudo, vimos que a aplicação do fósforo na linha de semeadura é a mais recomendada e o aumento das doses de nitrogênio até a dose de 180 kg/ha resulta em um aumento de produtividade do cereal, devendo ser levada em conta na tomada de decisão a melhor dose econômica a ser aplicada em função do custo-benefício da cultura, considerando-se as condições mercadológicas.

Em outras palavras, para o latossolo em questão, a adubação fosfatada na linha de semeadura resultou em maior produtividade quando comparada com a aplicação em superfície.

 

Autor:

Márcio Spacek Alvim | Representante Comercial Agroeste | Região de Uberlândia

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